MOSAICO CULTURAL (18 DE FEVEREIRO)

MOSAICO CULTURAL
by Rômulo Giácome


Ás vésperas do meu aniversário, um Mosaico Cultural de impressões e imprecisões, interseccionadas pela vida / vivência em meio ao trabalho, viagem e eternos preparativos para mais trabalho. Não é possível passar incólume aos discos, filmes e arte envolvida na vida; de viagens a manifestações teóricas, de aulas e novos acadêmicos, e leituras, um mundo de novas referências. Desde o que "chamo" de final de ano até o agora, muitas coisas li e re(vi) ou conheci, e o mais importante é aquilo que nos transformou; daí a importância da arte para nossa subjetividade, para a amplitude de nossas sensações e existência. 
Em escala de importância mental, elejo as principais referências que subjetivaram minha existência nestes últimos dias. Inicio com o documentário assistido em dezembro "Raul Seixas: o início, o fim e o meio"; Absurdamente verdadeiro, contrapõem os argumentos às verdadeiras fontes; a origem de músicas antológicas, como "Gita", "Maluco Beleza" e outras dezenas; as parcerias e como foi sendo construído o personagem Raul Seixas;


A Leitura de "O pintor da Vida Moderna", de Charles Baudelaire, principalmente na seção do Homem do mundo; a diferença entre o cidadão do mundo e sua força viva; a vivacidade em conhecer a tudo e todos, a capacidade que tem de encarar a multidão e se dissolver, como parte dela; diferente do homem "fleuner", do artista técnico e específico que não é mais aquela criança frente ao novo; Indico este pequeno ensaio, sobre moda, cultura, arte e literatura, mas principalmente sobre o "ser" em meio ao cultural; este ensaio me conquistou pelos valores que tento cultivar e que às vezes faltam hastes mais sólidas para sustentá-los; tive algumas a partir deste ensaio. 

O cinema me proporcionou grandes momentos; desde a "Fraternidade é Vermelha" (Krzysztof Kieslowski), contemplado em uma telinha no VMB, em um hotel, na cidade de Vilhena, produzindo um artigo sob o fundamento de Baba, passando pelo grandioso "As aventuras de PI", de Ang Lee, flutuando até a excelente edição e roteiro brasileiro de "Dois Coelhos" (Afonso Poyart), exaurindo o não óbvio dos clichês thiler em "Millenium: os homens que não amavam as mulheres" (David Fincher), culminando no silêncio e na melodia indie de "Drive" (Nicolas Inding Refin); Drive merece algumas linhas; expressão máxima da tensão, boas dramatizações com um clima de violência motivada; um filme impactante; 

Por fim, fechando esta primeira edição freelancer e rápida de Mosaico Cultural, termino com a re(descoberta) de um álbum muito bom do Franz Ferdinand (You Cold Have It so Much Better); Discaço, que por estes exatos momentos estão tendo um grande significado; é interessante recuperar algo que já foi bem fruído e re-colocar na estante das coisas atuais. 

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