crônica - A RETÓRICA DO AMOR: EM BUSCA DE UM ESPAÇO PARA SER
A RETÓRICA DO AMOR: EM BUSCA DE UM ESPAÇO PARA SER Rômulo Giacome O Fernandes Edvard Munch - O grito - 1893 Sempre me compreendi como um homem. Compreendi-me como um ser que em toda a dimensão espaço / tempo da existência, existia de modo real, concreto e, efetivamente, habitava o rol das coisas palpáveis. A primeira dúvida quanto à minha existência foi quando percebi que o que eu sabia de mim mesmo era constituído através do discurso dos outros. O que os outros construíam de discurso sobre minha pessoa afetava o meu próprio reconhecimento. Legitimei esta constatação e percebi que para os outros, existo enquanto signo humano, dotado de sentido e intencionalidade, bem como bruta significação. A linguagem estava mais próxima de tudo do que imaginava. Se minha existência estava intimamente ligada ao discurso que faziam de mim, e se meu próprio auto-reconhecimento relacionava-se a como os outros me viam, a linguagem estava em mim mais do que eu imaginava. Conclusão, represento mais do